26/04/2024

13 milhões de linhas da Oi Móvel foram desligadas pela TIM, Vivo e Claro

Desse montante, a TIM foi a operadora que mais desativou chips móveis, seguida da Claro e da Vivo; saiba detalhes.

Com a compra da unidade de telefonia móvel da Oi pelo consórcio formado pela TIM, Vivo e Claro, os clientes da ex-operadora foram divididos em três partes e distribuídos para as compradoras. Entretanto, de acordo com balanços divulgados pelas empresas, uma parcela desses usuários recebidos foram desativados. No total, foram desligados cerca de 13 milhões de linhas móveis provenientes da Oi.

Na divisão dos clientes Oi, a TIM recebeu 16,4 milhões de linhas, sendo a operadora que recebeu o maior número de chips. Enquanto a Claro recebeu 12,9 milhões de chips móveis e a Vivo, 12,5 milhões de números.

De acordo com a TIM, do total recebido da Oi foram desligados 5,1 milhões, quase um terço da base (31%) considerada inativa do ponto de vista de receita e tráfego. A Claro desligou 4,5 milhões de linhas, representando uma porcentagem de desativação de mais de um terço (34%) do total de clientes, enquanto que a Vivo desconcertou 3,4 milhões de usuários, representando 27% dos recebidos. Importante ressaltar que cada operadora segue uma política de desligamento.

Por causa desses desligamentos de linha móvel provindas da Oi, entre outros motivos, a TIM, Vivo e Claro abriram processo de arbitragem pedindo a redução do preço pago pela transação, que originalmente era de R$ 16,5 bilhões. Segundo as operadoras, a Oi não foi fiel ao número de linhas que tinha em sua base, considerando a quantidade de números que tiveram que desativar.

Nesse processo, as compradoras apontam uma desavença de R$ 3 bilhões no valor total da aquisição da Oi móvel, sendo que metade desse valor já foi pago pela TIM, Vivo e Claro em medida determinada pela Justiça, enquanto que a outra parte ainda segue sem destino e resolução.

Para Alberto Griselli, CEO da TIM, era esperado que o número de clientes da Oi poderia estar inflado, considerando a forte curva de adições da empresa no momento em que o mercado móvel crescia em ritmo distinto. “No final das contas, isso se materializou, mas não impacta o que está por trás da compra da Oi, que gera sinergias infraestruturais muito grandes“, afirmou.

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