01/05/2024

Governo Lula pretende criar o ‘streaming do Brasil’, uma plataforma estatal

Ideia do streaming do Brasil surgiu no governo de transição. A proposta é que seja uma plataforma estatal que fomente a cultura.

O “streaming do Brasil” está prestes a se tornar realidade. O novo governo federal, do presidente Lula da Silva (PT), está estudando a criação de uma plataforma on demand estatal, que seria da TV Brasil, para concorrer com as grandes empresas do mercado. 

Pessoa assistindo TV

Essa proposta do streaming do Brasil está presente em um projeto apresentado pelo Governo de Transição, ainda em 2022. A ideia é que essa plataforma possa competir com nomes como Netflix e Globoplay. 

Essa ideia foi pensada com base em um modelo alemão e foi apresentada no relatório final do grupo da área da Cultura. Já havia a ideia de que o novo governo tinha a intenção de ampliar a TV Brasil para algo maior, tendo como referência a BBC. 

Como deve o streaming do Brasil, um serviço estatal 

O objetivo é justamente esse, ter um serviço de streaming do Estado. Sendo assim será uma plataforma gratuita que deve reunir conteúdos originais e nacionais. 

Seguindo a proposta apresentada, todos os conteúdos, sejam filmes, séries, minisséries e documentários que foram feitos com incentivo público devem estar dentro desse streaming do Brasil. 

No entanto, a proposta do grupo do Governo de Transição não deixou evidente qual o tipo de recurso que daria a contrapartida, nem muito menos o período de janela. 

Afinal, uma produtora que recebe incentivo público para fazer alguma obra, teria como segunda janela o streaming da TV Brasil. Isso significa que, logo depois da produção ser lançada no cinema (caso seja um filme), ele iria para o catálogo da plataforma estatal, e assim não ficaria impedido de ser vendido para uma empresa grande como a Netflix. 

O projeto enfrenta resistência antes mesmo de sair do papel 

Se por um lado houve quem fizesse a proposta para a existência do streaming do Brasil, há também quem tenha medo da existência dele. Isso porque existe uma preocupação que o projeto tire o investimento de multinacionais na arte do país. 

O site NaTelinha afirma ter conversado com um dos integrantes do grupo de transição, e ele afirmou que a ideia não é ter conflito com os futuros concorrentes, mas sim fomentar a cultura nacional. 

Se sair do papel, o streaming ficará no comando do Ministério da Cultura e não da Secom – Secretaria de Comunicações, ou do MCom – Ministério das Comunicações. Isso porque a plataforma será voltada para a arte.

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