28/04/2024

Oi só receberá dinheiro da SKY e da Highline ano que vem; entenda

CEO da empresa conversou com analistas sobre as operações e a disputa na justiça referente a venda da Oi Móvel para TIM, Vivo e Claro.

Em recuperação judicial desde 2016, a Oi vendeu diversos ativos para suprir suas dívidas, como a sua unidade móvel de telefonia para as rivais TIM, Vivo e Claro e a rede de neutra de fibra óptica V.tal para os fundos geridos pelo banco BTG. Entretanto, ainda há outras operações em andamento.

Nesta quinta-feira (10), o CEO da empresa, Rodrigo Abreu, anunciou que os valores referentes à operação da venda de suas torres para a Highline e pela venda da sua base de clientes de TV por assinatura para a SKY só serão recebidos a partir do primeiro semestre do próximo ano.

Conforme explica aos analistas, durante a chamada para o detalhamento dos resultados operacionais e financeiros da empresa, o contrato de compra e venda será assinado “em breve” com a Highline, mas ainda aguarda análise competitivas e regulatórias da Anatel e do Cade. A Oi vendeu em dinheiro para a Highline as suas torres fixas, no valor de R$ 1,08 bilhão, em leilão realizado em agosto, que não teve disputa.

No caso da SKY, a empresa afirma que a expectativa é que o dinheiro seja depositado em caixa no segundo semestre de 2023. O executivo explica que ainda está “pré-protocolando” a operação junto ao Cade. A base de clientes da TV por assinatura via satélite (DTH) da Oi foi vendida em setembro deste ano, pelo valor de R$ 786 milhões.

Durante a chamada, Rodrigo Abreu também falou sobre a disputa referente ao valor final da venda dos ativos da Oi Móvel para a TIM, Vivo e Claro. Ele reafirmou que não existe a necessidade de reajuste ou retenção da parcela do dinheiro que ainda falta. Segundo Abreu, as reivindicações das três operadoras se referem a base de clientes, receita, capital de giro, Capex e ajuste no inventário móvel. Mas na visão da Oi, reforçou o executivo ”as notificações são falhas por não cumprirem o SPA (contrato) e apresentarem diversos erros materiais”.

Entre eles, apontou que o número de clientes que está sob questionamento tem como base as informações oficiais da Anatel e a política da empresa, e que foram fornecidos novos documentos sobre os inventários móveis e informações sobre o Capex.

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