24/03/2024

Oi se aproxima da TIM após receber proposta tentadora

Grupo investidor russo ofereceu acordo bilionário caso a operadora junte as suas operações com a TIM Brasil.


O grupo Oi divulgou um fato relevante aos seus acionistas e ao mercado em geral nesta segunda-feira (26). No texto, a operadora assume publicamente que recebeu uma proposta no valor de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 15,6 bilhões na cotação atual do dólar) de um investidor russo, para se unir a TIM Participações.


Mikhail Fridman, o homem mais rico da Rússia, é o responsável pela Letter One, empresa que enviou a carta para o Banco BTG Pactual – contratado pela Oi para encontrar uma forma de consolidação do mercado de telecomunicações brasileiro -, contendo a proposta bilionária para a operadora Oi.

Com uma dívida líquida estimada em R$ 34,6 bilhões, e caixa contendo R$ 16,6 bilhões, a Oi tem um valor de mercado em bolsa de R$ 2,5 bilhões. Com um aporte do nível que foi oferecido, a Letter One tomaria o controle da companhia, logo após a fusão com a TIM.
A Oi disse que seus assessores jurídicos e financeiros analisarão a proposta da forma devida.

Os rumores de uma união entre TIM e Oi não começaram hoje. Desde o ano passado jornais do Brasil e do mundo falam sobre a intenção das empresas de fundirem suas operações para crescer no país e ultrapassarem grandes grupos, como a Telefônica (Vivo e GVT), e América Móvil (Claro, NET e Embratel).

Se aprovada, a operação parece ser tão boa para Oi que as ações da companhia brasileira saltaram bastante durante todo o dia. Os papéis preferenciais da empresa na Bolsa de São Paulo (OIBR4), fecharam o dia registrando alta de 8,72%.

Mas a TIM resolveu acabar com a festa dos investidores, ao divulgar um comunicado dizendo que, diante da informação divulgada pela Oi S.A., informa “que não tem negociação em curso” por parte com o fundo Letter One, nem com a Oi, “em relação a qualquer potencial consolidação no mercado brasileiro”.
No entanto, apesar de o negócio ser ruim financeiramente para a empresa do grupo Telecom Italia, analistas dizem que a TIM pode ceder as propostas para fazer frente aos grandes grupos de telecom que hoje oferecem serviços convergentes, com fixo, móvel, banda larga fixa e TV por Assinatura em território nacional. Para isso, aproveitaria a infraestrutura de serviços fixos da Oi para se expandir nesse nicho de mercado.

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