15/04/2024

TIM pagará R$ 743 milhões em dividendos relativos ao exercício de 2012

A TIM Participações S/A aprovou em assembleia geral ordinária e extraordinária os resultados financeiros do exercício fiscal de 2012 e determinou o pagamento de R$ 743 milhões em dividendos obrigatórios e complementares a seus acionistas. Serão R$ 344.110.878,17 pagos a título de dividendo mínimo obrigatório, estabelecido em 23,75% pelo estatuto social da empresa; e R$ 398.889.121,83 como dividendo complementar. Cada ação dará direito a receber R$ 0,3074266384 em dividendos, a serem pagos em duas parcelas: 50% em 12 de junho e 50% em 12 de setembro de 2013, esta segunda parcela a ser corrigida pelo CDI desde 12 de junho. Poderão receber os dividendos acionistas que tiverem adquirido papéis da empresa até 10 de maio de 2013.


O valor corresponde a cerca de 51,3% do lucro líquido apurado pela companhia no ano passado, que foi de cerca de R$ 1,45 bilhão, em linha com a política de remuneração de acionistas que a empresa vem praticando nos últimos anos. O mercado vê a TIM como uma companhia que não tem uma política muito agressiva de pagamento de dividendos e a empresa vem aumentando gradualmente esse montante, mas de forma a manter sempre dinheiro em caixa para assegurar uma situação financeira sólida. O que se reflete na decisão da assembleia de transferir o saldo remanescente do lucro líquido ajustado menos o total dos dividendos distribuídos e da reserva de capital constituída (de R$ 82,4 milhões referentes a benefício fiscal de redução de imposto de renda em 2012), no montante de mais de R$ 551 milhões, para a Reserva de Lucros para Expansão da TIM.

Para se ter uma ideia, em 2010 a TIM pagou 35% do lucro líquido em dividendos; e em 2011, pouco mais de 40%. Com políticas mais agressivas, a Telefônica|Vivo costuma pagar quase a totalidade de seu lucro líquido em dividendos, ao passo que a Oi, com o anúncio de seu plano estratégico até 2015 anunciado ano passado, tem pagado anualmente até mais do que tem lucrado.

“Não somos vistos como um pagador de dividendos como a Telefônica, porém, priorizamos investimento em infraestrutura. Temos que ter flexibilidade e, se precisar colocar 100% do lucro da empresa em infra, vamos colocar, porque não temos nenhuma promessa de pagamento de dividendos, além do obrigatório e, por termos uma operação puramente móvel, estamos crescendo acima da média de mercado”, explica o diretor de relações com investidores da TIM, Rogério Tostes.

De fato, a assembleia da operadora também ratificou a proposta orçamentária para investimentos em 2013 no montante de R$ 3,6 bilhões, a serem destinados à evolução da rede e TI e ao desenvolvimento do negócio da companhia.

Outro ponto favorável hoje à TIM é ter uma relação entre dívida líquida e caixa de 0,03 negativo, o que significa que a operadora teria condições de quitar toda a sua dívida e ainda ter uma pequena sobra de caixa em sua situação financeira atual.

“Temos uma estrutura de balanço muito sólida e é uma situação que dá um pouco de conforto para nosso controlador lá na Europa porque contribuímos para diminuir a relação de endividamento deles e a Telecom Italia nos permite tocar a operação de forma independente”, conta Tostes.
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