19/04/2024

Operadoras tomam medidas para evitar ‘apagão’ na virada

Os problemas apresentados nos serviços de telefonia e internet móvel ao longo do ano e a recente afirmação do presidente da Anatel, João Rezende, de que as melhorias apresentadas nos últimos meses foram insatisfatórias deverão refletir nas festas de fim de ano. Com cerca de 260 milhões de linhas de celulares no país, é de se esperar que a madrugada da virada do ano seja de transtorno para o usuário, quando tradicionalmente as redes congestionam e milhões de clientes ficam sem sinal.

A grande simultaneidade de acessos verificada especialmente na madrugada de 1º de janeiro invariavelmente ultrapassa a capacidade de atendimento das operadoras, como explica o especialista Antônio Carlos Gianoto, professor do curso de engenharia elétrica da FEI. “As operadoras têm interesse em oferecer (um bom serviço) porque quanto mais a pessoa fala, mais ela consome. Contudo, há um limite. Por mais que a operadora tenha investido, chega um momento que a estrutura não suporta.”

Numa tentativa de evitar o congestionamento de linhas, as principais operadoras do Brasil prometem reforço nas redes. A Oi afirma que vai ativar 16 estações radio-base móveis e reforçar a capacidade das já existentes em todo o país, especialmente em capitais e regiões litorâneas que costumam levar grande público durante as festas de fim de ano. Em Copacabana, no Rio, cuja festa da virada deve atrair dois milhões de pessoas, a operadora pretende instalar quatro estações móveis em diferentes pontos da orla.

Baseada nos números de 2011, a TIM prevê um aumento de 36% na demanda de chamadas telefônicas. A operadora não fez menção a reforços pontuais e informa que o foco dos investimentos segue na implantação do Plano de Ação para Melhoria do Serviço Móvel, apresentado para a Anatel em agosto e que prevê a aplicação de R$ 9,5 bilhões no triênio que se encerra em 2014.

A Nextel diz ter instalado novas torres e realizado expansão da capacidade em algumas cidades litorâneas de São Paulo, Rio e nas regiões Sul e Nordeste. A operadora garante ainda que fará testes frequentes de monitoramento de rede, visando identificar possíveis problemas.

Terceira maior em número de linhas, a Claro informou que sempre reforça a capacidade de tráfego no fim do ano, mas não deu maiores detalhes. Já a Vivo, que tem cerca de 30% do mercado nacional, foi procurada, mas não se manifestou.

Desde julho, a Anatel vem acompanhando de perto o desempenho das operadoras, que se comprometeram a realizar melhorias na infraestrutura da rede.

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