23/04/2024

Entenda melhor o LTE

LTE (Long Term Evolution), também chamado de 4G é um complemento bacana e bem mais veloz ao 3G/HSPA+ atuais – com teóricos 100 megabits por segundo. Mas tem algumas questões para nosso complicado mercado local. Entenda melhor:


– O leilão das licenças pela Anatel será feito em junho (a previsão inicial era maio). Mas as regras dizem que “Todas as capitais do país e os municípios com mais de 500 mil habitantes terão a tecnologia 4G até dezembro de 2014. As cidades com mais de 200 mil habitantes serão contempladas em dezembro de 2015 e as com mais de 100 mil habitantes, até dezembro de 2016. Os municípios que têm entre 30 e 100 mil habitantes serão atendidos até dezembro de 2017“. Quer dizer, vai demorar – mas tem gente otimista em relação ao tema.

– As frequências leiloadas pela Anatel vão deixar o 4G brasileiro um pouco diferente do resto do mundo – compatível com alguns locais na Europa e América Latina.

– O que a Anatel oferece são as frequências de 450 MHz para telefonia em áreas rurais atrelada à faixa de 2,5 GHz para o LTE. Ninguém comentou isso ainda (acho), mas com frequências LTE de 700 MHz na América do Norte e 1,7-2,1 GHz na Ásia ) 2,6 GHz na Europa vão tornar o roaming em LTE um problema para quem vier de fora ver a Copa do Mundo – vai ter que ir de 3G/HSPA+ e Wi-Fi mesmo (lista completa de frequências mundial em PDF). Exemplo claro é o novo iPad, já com LTE de 700 MHz que só funciona nos EUA. A solução para os fabricantes de smartphones e tablets será adotar usar chips multibanda (como os Qualcomm Gobi) para unificar redes em um só dispositivo e reduzir custos.

– Por que a Anatel não leiloa a faixa de 700 MHz? Simples: ela é usada hoje no Brasil pela TV analógica e esse espectro só será liberado após 2016, quando a transição para o sistema digital for completa – e de qualquer modo essa decisão é política. De qualquer modo, a faixa de 700 MHz não é problema apenas no Brasil: no Reino Unido, ela será liberada somente após 2018.

– Rojas, da 4G Americas, resume bem a história: “LTE é nicho de mercado, HSPA+ será força para suprir a deficiência na cobertura”. Aguardemos, então, o leilão em junho e a correria das operadoras para deixar tudo funcionando até 2013/2014. Só quero ver – na Copa.
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