25/03/2024

Regras do leilão 4G ainda precisam ficar claras, afirma Oi

O presidente da Oi, Francisco Valim, comemora a aprovação da reorganização societária, que permitiu a criação da Oi S.A. “Foi um marco histórico. Há muito isso vinha se arrastando”, sustentou. Sobre investimentos e recuperação de market share, especialmente na telefonia móvel e na TV paga, o executivo garantiu que são prioridades estratégicas.

“Somos uma pioneira na telefonia fixa, mas nos negócios móveis fomos a última operadora a entrar nesse segmento e já temos, por exemplo, 20% do mercado de São Paulo, o maior do país. Temos muito por fazer, principalmente na região da Brasil Telecom, incorporada por nós, mas somos atacantes nesse mercado, assim como, na TV paga, onde temos 3% de market share. Vamos investir para não ficar atrás de nenhuma outra em competitividade”, garantiu Valim, em teleconferência realizada nesta segunda-feira, 27/02, para explicar à imprensa, a reestruturação societária da Oi. 

Indagado sobre o leilão do 4G – se a Oi vai ou não participar – Valim, que está no Mobile World Congress, em Barcelona, adotou postura semelhante ao do presidente da rival TIM, Luca Luciani. Segundo o presidente da Oi, as regras que estão no mercado são para a consulta pública. Ainda não são definitivas. 

“Demos a nossa contribuição para a consulta pública e vamos aguardar as regras definitivas. Não tenho a menor dúvida que o 4G é o futuro, mas qual será a nossa participação no leilão dessa faixa ainda está condicionada as regras que serão publicadas”, afirmou. E sobre a sua presença em Barcelona, Valim afirmou. “O Brasil está na moda. Todos falam de investimentos no país aqui”. O montante a ser aportado no país em 2012 deverá ser conhecido em meados de abril, quando a Oi realiza o Dia dos Investidores.

Nesta segunda-feira, 27/02, os acionistas da Oi aprovaram a proposta de reorganização societária da companhia, que prevê a incorporação das ações da Telemar Norte Leste (TMAR), além da incorporação das empresas Coari e Tele Norte Leste Participações (TNL), pela Brasil Telecom S.A., renomeada Oi S.A. Com a decisão, passará a existir apenas uma empresa listada em bolsas de valores no Brasil (BMF&Bovespa) e no exterior (New York Stock Exchange – NYSE).

A reorganização foi considerada um ‘marco histórico’ por Francisco Valim. ” Finalizamos uma etapa que se arrastava há muito tempo”, comemorou. Indagado se a Oi iria para o Novo Mercado, Valim preferiu deixar a questão para mais pra frente. 

Segundo o diretor financeiro da Oi, Alex Zornig, serão emitidas 395.585.453 novas ações ordinárias e 798.480.405 novas ações preferenciais da Oi S.A, passando o capital subscrito da companhia, totalmente integralizado, a ser de R$ 6.816.467.847,01, dividido em 599.008.629 ações ordinárias e 1.198.077.775 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.

As ações da Telemar, TNL e BrT continuarão a ser negociadas sob os códigos TMAR3, TMAR5, TMAR6, TNLP3, TNLP4, BRTO3 e BRTO4, respectivamente, pelo menos até o final do período de retirada e apuração do exercício do direito de recesso, quando as empresas do grupo Oi divulgarão comunicado ao mercado com o resultado da apuração do direito de retirada e com a data de início da negociação das ações ordinárias e preferenciais da Oi. S.A. com os códigos OIBR3 e OIBR4. A previsão é que esse período dure cerca de 30 dias.
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