31/12/2025

Samsung inicia testes com bateria de 20.000 mAh para celular

Tecnologia experimental utiliza células empilhadas e novos materiais para quadruplicar a capacidade energética dos dispositivos móveis, mas enfrenta desafios de segurança.

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bateria celular samsung
Reprodução/Gemini

A Samsung está testando atualmente em seus laboratórios na Coreia do Sul uma bateria de 20.000 mAh com tecnologia de silício-carbono para equipar futuros celulares, buscando resolver a baixa autonomia dos dispositivos atuais através de um design experimental de células empilhadas. O projeto, conduzido pela divisão Samsung SDI, utiliza um ânodo de composto nanoestruturado que promete densidade energética muito superior aos padrões de grafite atuais.

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Nova composição química

Diferente das baterias tradicionais de íons de lítio, esta nova tecnologia utiliza silício e carbono no ânodo. Essa mudança é fundamental pois o silício consegue armazenar até dez vezes mais íons de lítio, permitindo capacidades massivas em componentes mais finos. Diversos fabricantes asiáticos já exploram essa química para oferecer dispositivos que mantenham o design elegante, mas com reservatórios de energia que podem durar dias sem recarga.

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Arquitetura de células empilhadas

O protótipo em desenvolvimento utiliza um sistema de célula dupla. A unidade principal possui 12.000 mAh, enquanto uma célula secundária adiciona outros 8.000 mAh ao conjunto. Ambas medem cerca de 10 centímetros de comprimento por 6,8 centímetros de largura. Esse design empilhado visa aumentar a capacidade total sem ocupar mais espaço horizontal no chassi do smartphone, otimizando a engenharia interna dos aparelhos topo de linha.

No projeto inicial, a célula primária tem 6,3 milímetros de espessura, e a secundária foi projetada com apenas 4 milímetros. Essa modularidade permite que a Samsung explore diferentes potências, embora exija uma precisão extrema na montagem. O objetivo é criar um componente que entregue alta performance energética sem comprometer o aquecimento global do dispositivo, algo essencial para o uso de inteligência artificial e processamento intenso.

O desafio do inchaço térmico

Apesar do potencial, os testes revelaram que a célula secundária de 8.000 mAh sofreu uma expansão de volume de 80% durante os ciclos de carga. A espessura saltou de 4 milímetros para 7,2 milímetros, o que representa um risco para a integridade física do celular. Esse fenômeno de inchaço é o maior obstáculo atual para a comercialização da tecnologia, pois pode causar danos estruturais graves e comprometer a segurança total do usuário.

Expectativas de mercado

Mesmo com o avanço, a Samsung mantém uma postura conservadora. O esperado Galaxy S26 Ultra ainda deve utilizar baterias próximas de 5.000 mAh. A nova tecnologia de 20.000 mAh é tratada como um projeto de pesquisa de longo prazo, com previsão de chegada ao mercado apenas para o final desta década. O foco agora é refinar a segurança para garantir que a alta densidade de energia não resulte em falhas críticas de hardware em modelos futuros.

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