21/03/2024

3G, 4G e 5G: entenda cada uma das tecnologias

Conheça as diferenças entre as principais gerações de
conexão móvel.

Ontem publicamos uma reportagem especial sobre a revoluçãoque o 5G causará no mundo. A nova geração da tecnologia móvel tem muito o que
oferecer. Pegando carona nesse tema resolvemos conceituar cada uma das
principais gerações de conexões móveis, partindo do 3G e chegando ao 5G. Vamos
nessa!

3G


o 3G, lançado em 2002, e que fez sua estreia no Brasil em outubro de 2004, com a Vivo  padrão CDMA 1xEV-DO –  um dos padrões 3G usado em redes celulares CDMA. A velocidade de dados era de 2,4 Mbps (megabits por segundo). Três anos depois a Telemig Celular, lançou a primeira rede 3G do Brasil como padrão WCDMA/HSPA, que, em condições ideais, pode apresentar velocidades de até 14,4 Mbps.


Essa geração projetada para atender a onda de internet no celular que estava ganhando força desde o início da década.


Em seu primeiro padrão, WCDMA, a velocidade máxima teórica era 384 Kbps, já na segunda geração, a HSDPA – que também é conhecido como 3.5 G, lançada em 2006, a velocidade teórica deu um salto assombroso de velocidade, variando de 3.6 Mb/s e 7,2 Mb/s. 

Um dos primeiros aparelhos compatíveis com o 3G foi Matsushita P2101V, que ficou conhecido como o primeiro modelo com capacidade de utilizar o espectro de 2100 MHz. 

Matsushita P201V

O primeiro aparelhos da Vivo compatível com  3G foi o Samsung A895 Evolution, vendido por R$ 999, juntamente com os planos de 360, 600 ou 900 minutos. Nos demais planos o valor era de R$ 1.999.
Nos dias de hoje o 3G ocupa atualmente a segunda posição no Brasi em linhas ativas- cerca de 63 milhões de aparelhos ativos (27%), ficando atrás apenas do 4G, com 125 milhões (54%). 

A cobertura da tecnologia no Brasil também merece destaque. A tecnologia, que é a mais abrangente do país, funciona em 95,8% dos municípios brasileiros.

4G


Vamos agora para a evolução do 3G, o 4G, que no Brasil também é conhecido como LTE. 

O boom com o anúncio foi tão impactante quanto a geração anterior. Inclusive o primeiro anúncio do desenvolvimento, veio antes mesmo da chegada do 3G. Em 2000 a Ericsson já falava que estava desenvolvendo a quarta geração (4G) da telefonia móvel. 

Oficialmente o serviço foi lançado em 2008, e adotado em larga escala a partir de 2010, tendo como seu primeiro aparelho compatível o HTC EVO 4G. 

HTC EVO 4G

Em termos de velocidade é possível alcançar a 100 Mbps de velocidade de download. Abrindo caminho para que a tecnologia desse conta de aplicações mais pesadas como TV móvel, videoconferência, downloads de arquivos maiores, etc.
Além do 4G “puro”, a tecnologia também tem evoluções, da mesma forma como aconteceu com o 3G. Há as nomenclaturas 4G+ (também conhecido como LTE Advanced) e 4.5G (também conhecido como LTE Advanced Pro).

Essas evoluções, sendo curto e grosso, agregam frequências para a operação. O 4G+ simboliza o uso agregado de duas frequências, 2600 MHz e 1800 MHz. As primeiras operadoras a operar no Brasil com esse serviço foram TIM, Claro e Vivo. 

Já o 4.5G é uma etapa ainda mais avançada desse processo de
Carrier Aggregation (Agregação de operadora, em tradução literal), agregando
até três frequências ao serviço, 2600 Mhz, 1800 Mhz e a 700 Mhz, que hoje ainda
cabe ao sinal analógico de TV, mas que aos poucos está sendo transferido para a
telefonia. A velocidade pode alcançar 600 Mbps.

A cobertura ainda é limitada, o serviço pode ser desfrutado
em cerca de 300 cidades no Brasil, além de demandar um smartphone compatível
com o Carrier Agregation, MIMO 4X4 e modulação avançada 256QAM. Alguns exemplos
de aparelhos compatíveis: Galaxy S9, iPhone X e LG G7.

Lembrando que, de acordo com a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações), tanto o 4.5+ (LTE Advanced) quanto o 4.5G (LTE Advanced Pro)
são apenas estratégias de marketing, não se tratam de novas gerações da conexão
móvel, e sim artifícios para vender novos produtos.

54% dos celulares no Brasil são compatíveis com o 4G. Esse percentual equivale a 125 milhões de aparelhos.


VIU ISSO?


5G

A evolução de tecnologia vem agora. O 5G é realmente o
padrão que representa uma fase completamente redesenhada da tecnologia de
conexão móvel.

Assim como aconteceu com nos padrões anteriores, o 5G foi
projetado para lidar com os novos desafios que o mundo tem hoje, como propagar
os carros autônomos e conectados, impulsionar a realidade virtual e aumentada,
inteligência artificial, entre outras coisas.

Mais uma vez a operadora japonesa NTT DoCoMo foi a primeira
a realizar testes com a nova tecnologia. Em 2013 a operadora já sinalizava
testes com o 5G. O resultado foi: transmissão com taxas de 10 Gbps.

Em 2018 vimos o lançamento das primeiras redes 5G comerciais, no Catar e nos Estados Unidos. Porém ainda estamos distantes de ter realmente algo concreto, principalmente para conexão que envolva a mobilidade, no uso com um smartphone, por exemplo, já que os primeiros aparelhos compatíveis não foram nem anunciados. 

A previsão é que a chegada dos aparelhos (quanto o 5G em sua totalidade ) aconteça entre 2019 e 2020. No caso do Brasil, o serviço deve começar a operar apenas em 2021. 


Em termos de velocidade a tecnologia deve superar o 4G em cerca de 50 vezes. A tecnologia chega a ser apontada como uma forte candidata como alternativa a banda larga fixa residencial, devido a sua alta velocidade – até 6 Gbps, em condições ideais, e baixa latência.

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