27/04/2024

Meta fecha rede de desinformação política sediada na China

Dona do Facebook, Instagram e também do WhatsApp, a Meta, anunciou que fechou na China uma rede que disseminava desinformação política.

A empresa matriz do Facebook e Instagram, a Meta, anunciou na quarta-feira (3) que desmantelou uma significativa rede de desinformação sediada na China. Essa rede era responsável por disseminar conteúdos delicados sobre temas políticos na Europa e nos Estados Unidos. 

China

Em seu relatório trimestral sobre ameaças, a Meta informou que mais de 100 páginas do Facebook e contas do Instagram vinculadas a essa rede foram removidas. Além disso, a rede de desinformação também operava em outras plataformas, como YouTube, Telegram e Twitter. A Meta também eliminou outras cinquenta contas relacionadas a uma outra rede de origem chinesa.

“Essas últimas redes experimentaram uma série de táticas que nunca vimos antes em operações baseadas na China”, destacou o resumo.

De acordo com as informações fornecidas, a empresa Meta tem apresentado comportamentos recentes, tais como a criação de uma empresa de mídia de fachada no Ocidente, a contratação de redatores independentes em todo o mundo e a cooptação de uma ONG na África. 

Apesar da remoção de algumas contas pela empresa, a maior parte do conteúdo ainda pode ser encontrado online, incluindo no Twitter. As mensagens divulgadas abrangem desde tópicos relacionados à Europa até temas controversos nos Estados Unidos, como violência policial, crime e direitos LGBTQIA+. 

Além disso, há publicações que defendem a posição de Pequim em relação à sua política na região ocidental de Xinjiang, onde ativistas acusam as autoridades de prender mais de um milhão de uigures e outros muçulmanos em campos de reeducação forçada.

Na China continental, o acesso ao Twitter e ao Facebook é oficialmente bloqueado, o que obriga os usuários a usarem conexões VPN proibidas para acessar seus sites e aplicativos. A Rússia tem sido acusada de comandar “fazendas de trolls” há muito tempo na tentativa de influenciar a opinião pública no Ocidente, enquanto a China não se considera tão avançada nessa área. 

No entanto, a Meta declarou recentemente que as redes descobertas em suas plataformas indicavam que as operações na China estavam se tornando cada vez mais sofisticadas. No mês passado, as autoridades americanas acusaram um grupo de agentes do Ministério de Segurança Pública da China de comandar uma série de contas nas redes sociais que espalharam mensagens pró-Pequim.

ViaUol
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