18/04/2024

Anatel: preocupação com TVRO não pode atrapalhar 5G no Brasil

Anatel reitera o compromisso de manter o Brasil na vanguarda para a implementação do 5G.


Um dos principais entraves para o 5G acontecer no Brasil são as TVROs – TV parabólica em banda C satelital), já que elas trabalham no espectro entre 3625 MHz até 4200 MHz, próximo ao que será delimitado para o 5G – 3400 MHz aos 3600 MHz. Essa proximidade pode causar interferências, por isso que alguns representantes de operadoras estão pedindo uma certa cautela em relação ao leilão. 

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) declarou recentemente que o leilão deve acontecer no fim do ano que vem ou início de 2020. De acordo com Ayrton Capella, diretor de Assuntos Regulatórios da Claro Brasil esse leilão deveria ser realizado apenas em 2021.

Antes de vender a frequência de 3,5 GHz precisamos avaliar os efeitos do uso da faixa sobre as TVROs. Isso determinará como o serviço de celular será prestado, quais serão as topologias das redes, as potências das Erbs, o tamanho das células, entre outras questões técnicas”, Capella, durante o 55 Encontro Tele.Síntese.
O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, declarou no início dessa semana que é legítima a preocupação mas que isso não pode atrapalhar o Brasil de estar na vanguarda do processo de adoção para o 5G.
“Acho que é legitima a preocupação em resguardar a população que ainda tem como principal meio de entretenimento e lazer a TV aberta e que a recebe basicamente por esses sistemas de TVRO. Mas isso não pode contradizer ou ser excludente com o objetivo de o Brasil estar na vanguarda do processo do 5G”.

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Morais também disse que a agência tem feito um trabalho bem cauteloso em torno do 5G.  Temos o primeiro sistema instalado nas Américas de 5G Rooftop no padrão stand alone após o release 15, com core totalmente 5G, para testes. O segundo do mundo. Isso é muito revelador da preocupação com as TVROs. As preocupações estão muito contempladas”.
Em relação ao processo dos testes a Anatel já havia sinalizado que os procedimentos no laboratório já foram concluídos mas ainda faltam os de campo, que serão feitos no centro de referência da Claro, no Rio de Janeiro. O resultado deve ser liberado no começo do ano que vem. 

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