24/04/2024

Cinco tendências para as operadoras em 2014

Com a chegada da copa do mundo, as empresas de telecomunicações estão sendo testadas com uma séria de ações e investimentos na infraestrutura.
De maneira geral, as operadoras vêm enfrentando um cenário adverso no que diz respeito ao ganho de receita sobre o tráfego escoado por suas redes

O primeiro dos dois grandes eventos esperados para o Brasil ocorre em 2014. A chegada da tão aguardada Copa do Mundo coloca à prova uma série de ações e investimentos que foram realizados para prover a infraestrutura de telecomunicações (não só para este evento, mas para atendimento de uma demanda por dados que cresce de maneira exponencial e de usuários cada vez mais numerosos e exigentes).

De maneira geral, as operadoras vêm enfrentando um cenário adverso no que diz respeito ao ganho de receita sobre o tráfego escoado por suas redes, enquanto vivenciam uma explosão de demanda e a consequente necessidade de aumento dos investimentos para atender aos requisitos de qualidade exigidos pelos clientes. Somado a isso, temos indicadores de qualidade e disponibilidade determinados pela Anatel cada vez mais rigorosos, situação que não deve mudar em 2014.

Diante deste cenário, as operadoras trabalham em duas frentes para manter as suas estruturas saudáveis e competitivas: contenção de despesas e aumento de receita, por meio de otimização de redes, compartilhamento de infraestrutura, ações para redução de churn, captação de novos usuários e novas ofertas.

A PromonLogicalis – provedora de serviços e soluções de TIC – listou algumas tendências tecnológicas relacionadas à infraestrutura e que deverão estar em pauta no planejamento das operadoras em 2014. Confira abaixo:

1. Programabilidade – SDN (Software Defined Networking)

A buzzword do momento, o SDN (Software Defined Networking) deverá demorar um pouco até atingir a sua maturação, mas algumas iniciativas neste sentido já estão sendo observadas, principalmente em ferramentas que fornecem inputs para uma eventual tomada de decisão de uma rede programada por software.

Flexibilidade e agilidade na criação de serviços é o principal motivador de adoção do SDN. Junto, vem a inovação. Um sonho antigo das operadoras é a possibilidade de ofertar serviços sob demanda para seus clientes. Com o SDN, isso torna-se possível.

2. Mais qualidade – Wi-Fi Offload e Small Cells – Femto

O Wi-Fi vem se consolidando como tecnologia de acesso para ambientes indoor e como solução alternativa para ambientes em que as macro células estão sobrecarregadas (ambientes de alta concentração de celulares, por exemplo). O acesso à internet via Wi-Fi pode ser visto tanto como uma medida para reter, como para atrair novos usuários. Em 2014, as operadoras continuarão investindo na ampliação da cobertura Wi-Fi, mas também na melhoria da qualidade. Além disso, a infraestrutura dará condições para a oferta de novos serviços, como os baseados em localização, criando uma nova fonte de receita.

As femtocélulas vêm para cobrir lacunas deixadas pela cobertura das macro células. São pequenas estações rádiobase (ERBs), de baixa potência, que podem ser utilizadas para melhorar a cobertura em determinados locais. Já amplamente utilizada nos Estados Unidos, com milhões de células implantadas, a tecnologia Femto deve se consolidar no Brasil em 2014 como alternativa para melhorar a cobertura indoor, aumentando a qualidade e melhorando a experiência do usuário de dados.

3. Mais qualidade – Otimização das redes (SON)

A proliferação de equipamentos conectados, a revolução do smartphone e a explosão da quantidade de aplicativos always-on têm gerado consequências visíveis na infraestrutura das operadoras nacionais. Esse enorme volume de dados faz com que elas se preocupem cada vez mais com o gerenciamento da qualidade da experiência do usuário. Neste cenário, a utilização de plataformas SON (Self Organizing Networks) pelas operadoras móveis será uma tendência em 2014, garantindo o máximo aproveitamento da infraestrutura existente. Por outro lado, o SON passa a ser pré-requisito se a operadora investir em Femtocell.

4. A hora é agora! – IPv6 na Banda Larga

Não se trata de um assunto novo, mas com a proximidade do esgotamento dos blocos do LACNIC, estimado para maio de 2014, as operadoras terão que acelerar a adoção de IPv6. De acordo com dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil, apenas 0,5% do tráfego gerado hoje é em IPv6.

Grande parte das operadoras já realizou algum tipo de intervenção na infraestrutura de suas redes de dados para suporte a este protocolo, mas a tendência é que esse tipo de ação passe a ser cada vez mais popular e intensivo.

5. Simplificação de arquiteturas – Integração IP e Ótico

A busca por simplificação das arquiteturas de rede se intensificará em 2014. Uma tendência será a integração cada vez maior entre os planos de controle das redes de transporte e as redes IP, permitindo mais agilidade na reação a falhas, assim como otimização na utilização e reserva da banda para o tráfego de dados.

Além dos aspectos técnicos, existe também uma quebra nas estruturas organizacionais das operadoras. Tradicionalmente, existiam duas estruturas apartadas, de transmissão e de dados. A tendência é que haja cada vez mais sinergia entre as duas até que, em um futuro próximo, elas se transformem em uma única estrutura.

Com informações de Logicalis.
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