15/04/2024

Operadoras precisam investir não só no sinal, mas também no atendimento

Iniciativas dos Procon’s de Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Maceió, que, ao atenderem pedido da OAB, proibiram a venda de novas habilitações de telefonia móvel em seus respectivos estados geraram uma intensa onda de contestação dos serviços prestados pelas operadoras. A medida acabou forçando a Anatel a ter mais rigor com as empresas. Espera-se, agora, que este movimento do poder público não termine quando a polêmica baixar.

Agora, quem nunca passou pelo dissabor de tentar um atendimento através do SAC das companhias, mas ficou pendurado com uma música esperando por horas até conseguir falar com um funcionário da empresa, mesmo tendo a existência de uma lei nacional que regula o atendimento por telemarketing.

A Anatel e os Procons precisam atentar, a partir de suas últimas ações, para que as operadoras de telefonia cumpram os prazos previstos em seus planos de investimentos. O poder público também precisa ser rigoroso na cobrança de que estes planos garantam uma melhor qualidade do sinal, visto que os problemas relatados são rotineiros. Também é essencial que se cobre das companhias telefônicas uma melhor qualidade de atendimento, afinal não se pode mais admitir que o cliente, que paga geralmente caro por este serviço, acabe tendo que ficar horas no telefone para tentar resolver, às vezes, simples problemas. No tocante à melhoria do sinal, o poder público também precisa colaborar, regulando de maneira menos burocrática um dos entraves à expansão da telefonia, qual seja o excesso de legislações regulando a instalação de antenas. Muitas delas com regras restritivas e extremamente burocráticas, construídas, em algumas ocasiões, sem levar em conta critérios técnicos, atrapalhando que se avance na concessão da licença para que uma antena seja instalada.

Nesse emaranhado de dificuldades, resta ao consumidor comemorar que, ao menos por enquanto, o poder público mostra que saiu de uma zona de conforto. Pela primeira vez desde que foram privatizadas, as operadoras acabaram tendo que vir a público dar explicações sobre os motivos da baixa qualidade no serviço. Uma medida salutar por parte dos órgãos fiscalizadores, que não pode parar por aqui. E a sociedade também precisa ser vigilante sobre as novas exigências, afinal, cabe a ela pagar a conta todo final de mês.
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