20/03/2024

Obrigações do edital 5G requerem muito investimento, afirma Christian Gebara

Para Christian Gebara, presidente da Telefônica Brasil, não é qualquer empresa que pode atender às obrigações do edital do leilão 5G.

No mesmo dia em que quinze empresas apresentaram suas propostas para o leilão do 5G, marcado para o dia 4 de novembro, o presidente da Telefônica Brasil, controladora da Vivo, Christian Gebara, afirmou que não acha que as obrigações do edital sejam para qualquer um.

Embora o leilão do 5G não tenha viés arrecadatório, as obrigações definidas no edital não podem ser assumidas por qualquer empresa, uma vez que requer muito investimento. “Nós investimos em média 8 bilhões de reais por ano no Brasil…ser um grupo relevante requer muito investimento”, afirma Gebara em entrevista a jornalistas.

“As obrigações (do leilão) são muitas, de longo prazo, e acho também que não é para qualquer investidor assumir este tipo de obrigação. Todo mundo terá que fazer as contas para entender que tipo de rentabilidade um leilão como este pode oferecer”, completou o presidente.

Quando foi questionado sobre o pedido de ampliação de prazo pela superintendência-geral do Cade em relação à venda da Oi Móvel para a TIM, Claro e Vivo, o presidente se mostrou otimista e não espera que o órgão imponha restrições (remédios) severas.

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“Não espero que os remédios sejam fortes. A concorrência já é. Temos um dos mercados mais competitivos, o número de grupos no leilão de 5G mostra a oportunidade de outros grupos que queiram ser competitivos também comprem licenças e operações anteriores não tiveram remédios (fortes)”, disse Gebara.

Em relação a participação da Telefônica Brasil no leilão do 5G, Christian Gebara evitou fazer comentários, apenas citou que o prazo definido no edital para iniciar a operação do 5G é julho de 2022 e que as empresas vencedoras não tem a obrigação de lançar serviços da tecnologia até o final deste ano.

“O standalone depende da liberação das frequências (de 3,5 GHz usadas atualmente em serviços como parabólicas) e isso vai ser definido pós-leilão”, complementa Christian Gebara.

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