28/03/2024

Apple é obrigada a retirar app da Bíblia e Alcorão da App Store na China

Apple retira novamente aplicativos da App Store por pressão governamental. Dessa vez, a coerção veio do governo da China; entenda o caso.

A Apple, multinacional norte-americana, foi obrigada a retirar da App Store um aplicativo da Bíblia Sagrada e uma das plataformas mais populares do Alcorão (livro sagrado do Islã), o Quran Majeed, pelo governo da China.

De acordo com a Apple, os aplicativos foram derrubados pelo argumento do governo chinês de que o conteúdo dessas plataformas possuem textos religiosos que são ilegais no país.

Segundo o governo chinês, a retirada dos aplicativos é pela falta de documentos adicionais que esclarecem o conteúdo, mas o governo não deu justificativas mais claras sobre esse argumento.

Mesmo o Partido Comunista da China reconhecendo o Islamismo como religião oficial, o governo tem sido acusado de xenofobia, violação de direitos humanos e até genocídio contra os muçulmanos Uigures, grupo que habita Xinjiang (China).

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A empresa PDMS, criadora do aplicativo Quran Majeed, afirmou em comunicado oficial:

“Segundo a Apple, nosso aplicativo Quran Majeed foi removido da App Store chinesa, pois inclui conteúdos que requerem documentação adicional das autoridades chinesas”.

Ainda de acordo com a PDMS, o aplicativo é bem popular entre os mulçumanos no mundo e que já tinha quase 150 mil resenhas na App Store.

Quanto ao aplicativo da Bíblia Sagrada, a Apple alega que foi suspenso por decisão própria da empresa, e justifica que faltava a licença para aprovar a atualização e disponibilizar na loja de aplicativos.

Vale ressaltar que a China é, atualmente, um dos maiores consumidores da Apple. Além disso, a empresa norte-americana depende muito da fabricação chinesa e da produção para seus serviços.

A Apple tem sido alvo de muitas críticas por se submeter a exigências do país, visando apenas a economia da empresa. Diferente de outras empresas de serviços digitais que também sofrem pressão do governo, mas estão planejando retirar seus produtos e romper com o governo chinês.

FonteDM

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