28/03/2024

Oi aumenta seu prejuízo em 70 vezes no terceiro trimestre

Prejuízo líquido da operadora atingiu R$ 1,34 bilhão no período.


A operadora Oi registrou, no terceiro trimestre de 2018, um prejuízo 70,3 vezes maior que o verificado no mesmo período do ano passado. Os resultados trimestrais foram divulgados pela empresa nesta quarta-feira (14).


O prejuízo líquido da operadora no trimestre foi de R$ 1,34 bilhão. No terceiro trimestre de 2017, esse prejuízo havia sido de R$ 19 milhões.


A receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 5,4 milhões, uma redução de 8,2% na comparação anual e de 1,1% em relação ao segundo trimestre. 

A comparação anual está impactada principalmente pelo reajuste de tarifas ocorrido em julho de 2017, com reflexo nos segmentos residencial, mobilidade pessoal e pequenas empresas. 

Já a comparação sequencial mostra uma melhoria de tendência, com desaceleração de queda, principalmente em função da boa performance da mobilidade, que apresentou o maior crescimento sequencial de receita líquida de clientes do mercado. 

Os três segmentos (Residencial, Mobilidade Pessoal e B2B) vêm sendo impactados pela queda do tráfego de voz e pela queda das receitas de interconexão, devido ao corte das tarifas reguladas de interconexão (VU-M, TU-RL e TU-RIU) e de ligações fixo-móvel (VC). 

Por outro lado, a receita de dados do segmento de Mobilidade Pessoal e a receita de TV Paga do Residencial seguem crescendo, compensando parcialmente os impactos da queda de voz. 

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina do período caiu 9,1%, a R$ 1,46 bilhão.

O resultado positivo ficou na linha de Imposto de Renda e Contribuição Social que foi de R$ 126 milhões. 

Ao final de setembro, a dívida bruta consolidada da Oi estava em registrou um saldo de R$ 10,9 milhões, um aumento de R$ 955 milhões ou 9,5% em relação ao segundo trimestre e uma redução de R$ 33,1 milhões ou 75,1% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

A redução no comparativo anual é consequência da conclusão do processo de Recuperação Judicial da Companhia, visto que os efeitos contábeis das condições contratuais acordadas no Plano passaram a valer a partir da data de sua homologação


VIU ISSO?


Já no comparativo trimestral, o aumento é atribuído ao impacto negativo de mais um trimestre de desvalorização do Real em relação ao dólar (3,84%), sobre a dívida denominada em moeda estrangeira a valor justo. 

Vale ressaltar que nesse terceiro trimestre, a companhia iniciou os pagamentos de credores trabalhistas, em linha com o estabelecido no PRJ, tendo sido pagos o total de R$ 70 milhões no período.

Investimento


De julho a setembro, os investimentos (Capex) consolidados da companhia totalizaram R$ 1,5 milhões, um crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 10% em relação ao trimestre anterior. 

O crescimento do Capex no trimestre reflete o início da aceleração de investimentos previsto no Plano de Recuperação Judicial da Companhia, aprovado em Assembleia de Credores. 

Este novo ciclo de investimentos visa proteger a base de clientes, melhorar a qualidade de serviços e aumentar a participação de mercado capturando oportunidades de crescimento. 

Para isso, a companhia irá focar o investimento no acesso fixo e móvel, aumentando a oferta de banda larga de alta velocidade e cobertura móvel 4G e 4,5G nos clusters e cidades que foram priorizadas.

Assinantes


No que se refere à base de assinantes, a Oi terminou o terceiro trimestre de 2018 com 58,8 milhões de clientes, uma queda de 6,5%.

O serviço mais afetado foi o de telefonia móvel, que atingiu 36,4 milhões de assinantes, quantidade 8% menor à do mesmo período do ano passado.

A receita da telefonia fixa caiu 5,9%, para 15,2 milhões. No segmento corporativo, a operadora observou tímida recuperação, de 0,3%, somando 6,5 milhões de clientes. O total de telefones públicos ficou estável em 640.

Na receita líquida de serviços, o segmento móvel observou retração de 6,3%, a R$ 1,7 bilhão. No residencial, a queda foi de 10,2%, para R$ 2,1 bilhões. No segmento corporativo, a receita de R$ 1,4 bilhão foi 7,6% menor, em base anual.

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