29/03/2024

O que inspirou as mudanças no portfólio da TIM? Veja os detalhes

Pesquisas da comScore mostraram para a operadora o perfil de consumo de usuários mobile e nos aplicativos, que começam a ser ilimitados nos planos da TIM.

Há pouco mais de uma semana, a TIM revelou, durante um evento para a imprensa, algumas mudanças em todo o seu portfólio no Brasil: pré-pago, pós-pago e controle. Em resumo, inclui vários aplicativos de comunicação, mobilidade e redes sociais com zero rating, ou seja, navegação sem gastar da franquia do plano.

Na ocasião, o diretor de vendas da comScore Brasil, Eduardo Carneiro, fez uma apresentação que mostrou o porquê da TIM lançar acesso 100% ilimitado aos aplicativos Waze, Easy Taxi, Facebook, Instagram, Twitter, Messenger, além do WhatsApp e Telegram com VOIP incluso. A inspiração? Várias pesquisas e dados.






O “Estudo Global do Mobile”, da comScore, destacou para a TIM alguns comportamentos importantes do consumidor nos dispositivos móveis (smartphones e tablets), assim como o consumo global de aplicativos e quantas pessoas já têm o celular como o único dispositivo mobile de acesso à internet (mobile only).
Para começar, o mobile ocupa a primeira posição no mundo todo, sendo responsável por mais da metade de todos os minutos digitais em mais de 10 mercados. A Indonésia é o país com mais gasto de minutos digitais no mobile, representado por 90%. O brasileiro só fica atrás dos indianos e mexicanos, passando 73% do tempo em mobile.

Mas nosso país fica em segundo lugar se considerar aquele com mais minutos por pessoa. A média é de 5.653 minutos no mobile por pessoa. Desse total, a média de minutos em aplicativos no Brasil é 4.080. Em todos os 13 países analisados, mais de 80% do tempo é gasto justamente em aplicativo.

Mobile Only

Segundo a pesquisa, mais de ¼ dos usuários globais só utiliza o mobile: são os chamados usuários “mobile only”. Na Índia, por exemplo, 70% dos usuários usam apenas o mobile. 
No Brasil, são 29%, dividindo o tempo com o desktop e outras plataformas. De toda forma, de maio de 2016 para maio de 2017, essa média aumentou 7%, crescimento maior do que nos Estados Unidos e na Espanha.

Do total da audiência digital de 14 países, 80% da média do mobile only navega em apps de mensagens instantâneas, 74% em incentivos, 72% veem o clima, 67% para uso pessoal, 64% para busca de emprego, 62% em telecomunicações e 60% em estilo de vida e alimentação.

Como as pessoas gastam o tempo no mobile?

A comScore apurou que mais de ¼ dos minutos gastos no mobile é usado para socialização, sendo que as redes sociais e ferramentas de mensagens instantâneas são as mais populares.
Da média entre os países, o total de minutos digitais gastos no mobile é dividido em:

  • Redes sociais: 78%
  • Compras: 60%
  • Notícias e informações: 59%
  • Viagens: 48%
  • Roupas: 44%
  • Bancos: 40%
  • Imóveis: 38%
  • Portais: 33% 
No Brasil mesmo, os minutos no mobile para acessar as redes sociais ficam na faixa de 75%, muito mais do que para ver notícias, por exemplo, que fica abaixo de 50%.
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A pesquisa mostrou que as pessoas passam mais tempo se comunicando e se entretendo do que fazendo usos práticos no celular e no tablet. Do tempo gasto nos dispositivos, em média, elas gastam 816 minutos em redes sociais, 624 min com mensagens instantâneas, 600 em entretenimento, 483 em games e apenas 129 com notícias, número que é ainda menor no Brasil.
No varejo, mais da metade do tempo gasto foi transferida do desktop para o mobile na maioria dos mercados. No Brasil, 60% dos minutos são gastos no mobile. O número só é menor do que na China (86%) e na Indonésia (91%).

Por fim: o uso dos aplicativos

Mas, afinal, além de pensar no tempo gasto no mobile, a TIM decidiu focar no uso dos aplicativos. Por quê?
Primeiro porque, de acordo com a comScore, os usuários passam mais de 95% de todo o tempo no mobile em seus dez principais aplicativos. O uso do Uber como uma alternativa para os táxis, por exemplo, tem o alcance mais alto no Brasil.
E apesar da maior parte de aplicativos presentes no país ser de jogos, depois de esportes, entretenimento, varejo, notícias/informações e só então redes sociais e mensagens instantâneas, ainda assim os minutos gastos nos aplicativos são dominados pelas redes sociais e mensagens instantâneas.

Entre os três principais apps de mensagens instantâneas, o WhatsApp alcança mais de 80% do público brasileiro e o Facebook Messenger cerca de 50%.
O Facebook, incluído de forma ilimitada pela TIM nos planos TIM Black, é usado por 51% dos brasileiros, enquanto o Instagram é o segundo mais usado. Há países, como na Indonésia, em que o Instagram é até mais usado do que o Facebook, embora ele domine na grande maioria.
As telas iniciais dos smartphones são dominadas pelos apps “essenciais”. Nos EUA, os três apps listados como mais essenciais são o Facebook, Gmail e Amazon, mas nas telas iniciais ficam, além do Facebook e Gmail, o Google Search. Outros apps como Messenger, YouTube, Instagram, Twitter, Uber, Netflix e Google e Apple Store também são mencionados.

O mobile e as mudanças da TIM

A empresa que fez as pesquisas, a comScore, trabalha para mais de 3.200 clientes no mundo, incluindo Google, Microsoft, Verizon, Sprint, Comcast, Fox, Samsung e outras grandes empresas e, conforme explicou o diretor de vendas Eduardo Carneiro, no Brasil o mobile já está fortemente consolidado.
O tempo de uso do mobile, no caso, é dominado por algumas categorias específicas de conteúdo, como redes sociais, entretenimento e jogos. Outras categorias com funções importantes também têm valor, daquelas que oferecem interações de marketing e motivam o consumo.
É por isso que a TIM, assim como a Oi e seu novo pós-pago Oi Mais Digital, começaram a incluir o zero rating nos aplicativos e provavelmente incluirão mais opções ao longo do tempo.
Com o aprimoramento da confiança e usabilidade de apps, os usuários tendem a ampliar ainda mais as categorias de serviços para navegação mobile. E já que o uso dos apps móveis está concentrado em uma lista curta de apps principais, presentes inclusive na tela inicial dos usuários, focar neles quando o assunto é o gasto de internet também passa a ser imprescindível.

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