18/04/2024

Operadora cobra R$ 330 mil de cliente que transmitiu luta ao vivo

Rapaz estava bêbado assistindo à luta, mas ao ter Facebook Live ligado em sua conta, SKY, do Reino Unido, decidiu processá-lo.


A operadora SKY, do Reino Unido, decidiu processar um cliente e pedir nada mais, nada menos do que R$ 330 mil por uma ação aparentemente inocente. Craig Foster, de 34 anos, fez uma transmissão ao vivo, através do Facebook Live, enquanto assistia a luta de Anthony Joshua e Wladimir Klitschko.
 
A operadora observou que a transmissão alcançou pelo menos 4.200 pessoas e chegou à conclusão de que seu prejuízo com a live foi de 85 mil euros (equivalente a 330 mil reais). Isso porque, segundo o advogado da SKY, cada uma dessas pessoas deixou de pagar £ 19,95 (equivalente a R$ 77) pelo pacote da luta.
O cliente se defendeu alegando que não estava ganhando dinheiro com a ação, e que, pelo contrário, pagou para assistir a luta. Ele afirma que seu amigo começou a transmissão porque seu iPad estava logado na conta do Facebook, mas que só foi perceber o problema quando sua assinatura com a operadora foi cancelada.
A SKY, que utiliza uma marca d’água com sua assinatura durante as transmissões, afirmou ter certeza que a transmissão no Facebook utilizou seu sinal e, portanto, teria sido ilegal.
Para não ser condenado em disputa judicial, o consumidor chegou a assumir a culpa e aceitar pagar uma indenização de £ 5 mil para a empresa. Depois, mudou de ideia e decidiu levar o caso ao tribunal para reduzir a pena. “Eu pedi desculpas e disse que estávamos bêbados. Sei que a transmissão da luta é errada, mas eu não reparei no meu amigo, estava assistindo o boxe. Sou apenas um cara que tomou algumas bebidas com seus amigos”.
Aparentemente, essa bebida vai sair mais caro do que era esperado. Para alguns advogados, como o cliente chegou a assumir a culpa e a operadora comprovou que o sinal da transmissão foi realizado através de sua TV, dificilmente ele ganhará o caso na Justiça.
Por outro lado, qual é a garantia da SKY de que as 4.200 pessoas, caso não estivessem assistindo à transmissão do rapaz pelo Facebook, assinariam o pacote de luta da operadora, causando o tal prejuízo? Fica o alerta para evitar a transmissão de uma programação por meio das redes sociais, porque as operadoras, assim como nesse caso, podem estar de olho.
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