18/04/2024

Homem compra chip da Vivo com número reciclado e é acusado de roubo

Mal-entendido viralizou nas redes sociais após Ruan Belmiro perceber que sua foto estava sendo compartilhada como suspeito de roubo. Vivo falou sobre o caso.


Há alguns meses, o Minha Operadora divulgou uma matéria sobre a reciclagem de número de celular, que, apesar de necessária para garantir combinações o suficiente para os brasileiros, também pode causar inúmeros problemas.


Exemplo disso foi um caso que começou na última sexta-feira (27), quando o empresário Ruan Belmiro encontrou a imagem  dele compartilhada nas redes sociais sob acusação de roubo.


Por quê? Uma menina teve o celular roubado, e Belmiro, que comprou um novo chip da Vivo, recebeu o mesmo número que o dela, que aparentemente já havia sido reciclado. Resultado? Conclusões precipitadas.
Até esclarecer o caso, o rapaz teve sua imagem espalhada em uma postagem na página do Facebook “Bangu ao Vivo” (1 milhão de seguidores) com a seguinte mensagem: “Telefone da minha irmã foi roubado e essa pessoa está usando o número de telefone dela, favor quem puder compartilhar e souber quem é essa pessoa nos informar”.

Ruan contou ao portal O Dia que, desde que comprou o chip, em setembro de 2017, recebia ligações de uma mulher que se dizia dona da linha. “Ela disse que tinham roubado o celular dela e que ela não havia bloqueado. Eu tentava explicar que devia ter expirado, mas ela não entendia”.

 

 
O problema começou quando ele recebeu a ligação de um amigo, o questionando sobre a postagem com sua foto. Em seu Facebook, ele se mostrou chateado e indignado com a situação, que o colocava como criminoso. E desde quando comprar o chip de um celular é crime? Ruan, pelo contrário, garante que é trabalhador, pai de família e dono de uma lanchonete em São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ).
Veja a primeira postagem do rapaz sobre o caso no Facebook:
Após a polêmica, Ruan entrou em contato com a operadora Vivo e até chegou a fazer um vídeo expondo o protocolo de atendimento de quando comprou o chip na loja, em 12/09 (imagem e vídeo no fim da matéria). Em nota, a Vivo também falou sobre o caso:
“A Vivo informa que a linha mencionada na reportagem é do cliente RUAN BELMIRO desde o dia 12/09/2017. A empresa segue a resolução da Anatel sobre reserva de números, que prevê 180 dias sem utilização de novos clientes”.
Mal-entendido alcança milhares de usuários
Conforme publicou inúmeras vezes nas redes sociais, o receio de Ruan é que esse mal-entendido possa prejudicar sua imagem e a segurança da família. Ele conta que a esposa chegou a entrar em contato com a página que fez a postagem, mas que o moderador havia sido grosseiro. “Quando a gente disse que iria processar eles tiraram do ar, mas eu ainda fico com medo porque essas páginas têm muito alcance”.
De fato, com compartilhamentos, o alcance em redes sociais pode ser muito maior do que o milhão de seguidores da página Bangu ao Vivo, que, por si só, já reúne um grande número de usuários. Com seu depoimento, por exemplo, Ruan já conseguiu 21 mil compartilhamentos em apenas três dias.
Também ao Dia, a página deu sua versão sobre o assunto: “O que houve foi que a vítima de assalto, teve seu celular roubado, não desativou o chip e veio até a gente informando que havia aparecido a foto no WhatsApp, que ela ainda não tinha bloqueado. Sendo assim foi feito o post por um moderador que o colocou como suspeito e procurando contato com o mesmo. Em nenhum momento ele foi acusado e sim suspeito. Que foi também excluído assim que os familiares entraram em contato com a gente”.
Ainda assim, o empresário registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira (30), na 64ª DP de São João de Meriti por calúnia e difamação. “Eu quero justiça, pois calúnia e difamação é crime. E o medo de sair pra algum lugar é enorme, hoje pessoas fazem justiça com as próprias mãos”, disse no Facebook.
Em outras postagens, Ruan agradece as mensagens de apoio e reforça: “Que isso não venha acontecer com mais ninguém, não podemos julgar sem ao menos conhecermos (…) O que aconteceu comigo, amanhã pode acontecer com mais alguém”.
 
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