19/04/2024

Quando será que o 2G vai ser desligado?

Muito tem se falado sobre 3G, 4G e até 5G. Mas e quanto à rede de segunda geração, foi esquecida? Pode ser desligada?



Muito tem se falado sobre internet de terceira, quarta e até quinta geração nos celulares, que a cada dia passam a se tornar mais real na vida dos consumidores. Mas você já parou para pensar que ainda existem muitos brasileiros que só possuem acesso ao esquecido 2G?

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no Brasil, houve 41 milhões de acessos pelo 2G somente no mês de maio. Apesar de representar uma queda de 30% em relação ao ano passado, o fato é que as operadoras ainda não preveem o desligamento dessa tecnologia, como aconteceu nos Estados Unidos, com a operadora AT&T, no início de 2017.

O incentivo ao uso do 4G e a expansão da rede 3G podem acelerar este processo, mas não eliminar a cobertura de segunda geração, pelo menos não pelos próximos cinco anos. Os serviços de voz, por exemplo, estão em 2G, então como desligá-lo? E como desligar uma rede, sendo que ela é a única cobertura para muitos brasileiros?

Entre as soluções, as operadoras devem, de fato, acelerar o processo de alcance de melhor cobertura em todos os municípios do Brasil, seja essa cobertura de 3G ou 4G. Em relação ao 3G, a previsão é que todos os municípios sejam cobertos até 2019 – ou seja, ainda dois anos pela frente. Pular de uma vez para o 4G até poderia ser uma possibilidade, mas o custo ainda seria muito alto.

Os serviços de VoLTE, que representam as chamadas por 4G, também poderiam servir como incentivo para acelerar o processo de desligamento do 2G, mas ainda há muito caminho para ser explorado, já que, apenas há alguns dias, TIMVivo anunciaram a adoção da tecnologia.

De acordo com o diretor de relações governamentais da Qualcomm no Brasil – empresa que fornece a tecnologia 2G para redes móveis -, Francisco Soares, o Brasil até poderia ser um exemplo de desligamento dessa tecnologia no mundo, para incentivar o desenvolvimento da banda móvel e a liberação de mais faixas para o 4G, mas isso dependeria da indústria, das operadoras e, ainda, de políticas do governo.

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