29/03/2024

Operadoras usam prática que ativa serviços sem autorização do usuário

Cuidado! Canais USSD de Vivo e Claro aproveitam a falta de atenção do consumidor para venderem produtos e serviços sem autorização.






A regra da Anatel é clara: “Quando você pagar valores cobrados indevidamente, terá direito ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais. O valor deve ser devolvido, a seu critério, na próxima conta (pós-pago), por meio de créditos com validade mínima de noventa dias (pré-pago) ou por pagamento via sistema bancário.”





Muita gente sequer sabia desse direito e quando tem conhecimento, é raro encontrar paciência para entrar em contato com a central de atendimento da empresa de telefonia e muitas vezes ter que provar ao atendente que esse direito existe e deve ser cumprido. Contudo, apesar de a regra existir, algumas operadoras parecem não se preocupar em evitar os alegados erros sistêmicos, que, por coincidência ou não, sempre ocorrem para prejudicar o consumidor.

A exploração de serviços de interatividade mobile está se tornando uma praga. São tantos números de mensagens para concorrer a prêmios em sorteios – a propósito, sorteios esses que ninguém nunca conhece um ganhador -; consultar o horóscopo do dia; saber o grau de compatibilidade com uma pessoa que está interessado(a); saber se vai chover ou fazer sol… enfim, são muitos serviços inúteis que são líderes em queixas de cobrança indevida. 
Pior ainda, existem operadoras que ainda aceitam correr um risco maior de receber reclamações, como é o caso da Vivo, que tem o costume de exibir mensagens como essa na tela de celular dos seus clientes:
Imagine que você está na correria do dia a dia e a tela do seu smartphone acende com uma mensagem que salta sobre a tela com uma “oferta imperdível“. A reação natural das pessoas após ler a mensagem é simplesmente apertar no ‘OK’, para que a mensagem suma. Mas aí que está a surpresa! A tecla OK faz a mensagem desaparecer da tela e deixa o smartphone livre para uso, mas também assina o serviço ou promoção oferecida no pop-up.
A tática utilizada pela operadora é muito inteligente, mas ao mesmo tempo perigosa. Inteligente pois praticamente faz com que a grande massa de usuários que recebem esse ‘broadcast’ aceitem a oferta proposta; perigosa pois, ao notar que a linha passou a ser tarifada por um serviço que não lembra de ter ativado, é natural que alguns (não todos – o que já se torna uma vantagem para a empresa) entrem em contato reclamando da cobrança.
Não seria melhor evitar mais uma reclamação de cobrança indevida e posteriormente a devolução do valor cobrado em dobro, o que é natural que ocorra? Parece que a Vivo discorda e, assim como ela, a Claro é outra operadora que também discorda desse pensamento e utiliza a mesma tática.








Enquanto ninguém das operadoras se pronuncia, o consumidor continua desesperado em ter que reclamar ao ver que foi tarifado por coisas que não utilizou. Parece óbvio que o justo é você apenas pagar pelo que utilizar ou contratar, mas só quem já tentou provar para um atendente que não comprou, ativou, navegou ou ligou, na intenção de ter o gasto ressarcido, sabe o medo de nunca mais ver seu saldo ou conta restabelecida.

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