28/03/2024

Por fusão com a TIM, Oi faz contrato com Santander e Barclays

Com seu principal líder envolvido em escândalo, banco BTG Pactual receberá reforço para assessorar a Oi.

A operadora Oi não desiste. Depois que André Esteves, até então presidente do Banco BTG Pactual, foi preso pela operação Lava Jato, a tele brasileira foi em busca de outras instituições financeiras para prosseguir com a sua intenção de formalizar uma proposta de fusão com a operadora TIM.

Termina em maio o prazo para que essa proposta seja oficialmente apresentada a Telecom Italia, controladora da TIM Brasil. Foi esse o prazo máximo definido pelo investidor russo Mikhail Fridman, do fundo de investimentos LetterOne, que está disposto a oferecer um aporte de US$ 4 bilhões de dólares na Oi caso a operadora consiga concretizar a união com a TIM.

Como a Oi quer muito receber esse investimento que beira os 16 bilhões de reais, contratou o banco espanhol Santander e o português Barclays para acompanhar o brasileiro BTG Pactual, que já estava nessa empreitada.

Por causa desse movimento, as ações preferenciais da Oi fecharam esta terça-feira, 19, com alta de 5,63%, cotadas a R$ 1,50; enquanto as ações ordinárias também apresentaram valorização: 3,32% a R$ 2,18.

Ajuda da China e do governo brasileiro

Não são só os bancos que vão dar suporte a Oi na sua busca por um entendimento com a TIM. Como a operadora brasileira tem um endividamento muito alto, o banco China Development Bank (CDB), aceitou fornecer apoio financeiro para a Oi neste momento difícil.

O “banco de desenvolvimento nacional chinês” aceitou levantar US$ 1,2 bilhão (quase R$ 5 bilhões) para a operadora quitar dívidas e realizar investimentos. Como compensação, a Oi teve que fechar um acordo com a chinesa Huawei na compra de equipamentos de telecomunicações.

O Governo brasileiro também quer muito que a marca Oi volte a ser soberana no país. Como ela é a única empresa de telecomunicações nacional presente em todo os estados da federação, é muito desejável que ela esteja com uma boa saúde financeira e operacional. Por isso, o Ministério das Comunicações e a Anatel estão empenhados em mudar as regras de concessão do setor de telefonia fixa, um dos empecilhos que a TIM sempre apresenta na análise do processo de fusão com a Oi.

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