29/03/2024

Oi registra lucro pela primeira vez desde 2015 neste 3º trimestre

Inédito em dois anos, lucro líquido com operações brasileiras foi de R$ 217,5 milhões, chegando a R$ 8 milhões também com operações internacionais.

Depois de Claro, Vivo, TIM e Nextel, só faltava a Oi para apresentar seus resultados do terceiro trimestre de 2017. E nesta segunda-feira (13), a operadora surpreendeu com os números, já que, mesmo em recuperação judicial, conseguiu registrar lucro líquido de R$ 217,5 milhões, o primeiro resultado positivo com operações brasileiras desde 2015.

O lucro líquido consolidado, considerando as operações internacionais, ficou em R$ 8 milhões, enquanto o EBITDA registrou R$ 1.597 milhões, um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período de 2016.


A receita líquida de serviços foi de R$ 5,9 bilhões, o que significa, apesar de uma queda de 4,7% em comparação ao último ano, também um aumento de 2,3% em relação ao trimestre anterior. O resultado é explicado pelo aumento de vendas de produtos convergentes, o volume de recargas do pré-pago e o aumento nas receitas do pós-pago com planos de chamadas ilimitadas para qualquer operadora.
Os custos foram reduzidos em R$ 337 milhões, acumulando R$ 1,5 bilhão de redução nos nove primeiros meses do ano. Os investimentos foram ampliados em 36,3% com R$ 1,3 bilhão no terceiro trimestre do ano, um total de 22,6% da receita líquida, contra 15,9% em 2016. Em 2017, já foram R$ 3,8 bilhões investidos, número que deve ultrapassar os 5 bilhões de reais até o final do ano.
Além de destacar a melhoria na experiência do cliente, a Oi também afirma que os índices de reclamações na Anatel diminuíram 13,9% e no JEC 33,7% no último ano. Através do aplicativo “Técnico Virtual” a eficácia de problemas resolvidos, que era de 39% em maio de 2017, chegou em 53% em setembro de 2017.
Recuperação judicial
Desde a entrada em recuperação judicial, as operações da Oi geraram R$ 2,6 bilhões de caixa, sendo que, de julho a setembro, o crescimento do caixa foi de R$ 287 milhões, sustentando a ampliação dos investimentos que a companhia realizou nesses três meses.
Sobre o processo, a Oi afirma que mantém evolução e segue negociando com os credores para buscar a melhor proposta de plano de recuperação judicial, que poderá ser aprovada na Assembleia Geral de Credores no dia 7 de dezembro. “Embora tenhamos aumento na geração de caixa da companhia, com redução de custos, a despesa financeira é alta. Para mudar esse balanço, só com o plano de recuperação judicial aprovado”, disse o presidente da Oi, Marco Schroeder. 
Veja, abaixo, a linha cronológica com o status do processo de recuperação judicial, divulgada pela Oi junto com os resultados financeiros do trimestre:
Base de clientes e serviços
A Oi termina o mês de setembro com 62,9 milhões de clientes, o que representa uma queda de 7,3% em relação ao terceiro trimestre de 2016, resultado influenciado pela queda no pré-pago, mercado corporativo e telefonia fixa. A receita líquida de serviços acabou sendo negativa, chegando a um total de R$ 5,863 bilhões (-4,7%). Separando por serviços, os resultados ficaram da seguinte maneira: 
  • TV por assinatura: aumento de 16,2% no ano e 3,2% em relação ao 2º trimestre
  • Banda larga: aumento de 0,8% no ano e queda de 0,2% em relação ao 2º trimestre
  • Celular pré-pago: queda de 12,1% no ano e de 0,5% em relação ao 2º trimestre
  • Celular pós-pago/controle: aumento de 0,3% no ano e queda de 0,3% em relação ao 2º trimestre
  • Telefonia fixa: queda de 6,2% no ano
  • Mercado corporativo: queda de 1,4% no ano e aumento de 0,8% em relação ao 2º trimestre
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