28/03/2024

Oi, TIM e Vivo estão autorizadas a dividir redes de internet 4G

Claro ficou de fora do negócio que promete agilizar implantação da internet 4G no interior do Brasil.

O acordo firmado entre as operadoras Vivo, TIM e Oi para compartilhar as suas redes de 2,5 GHz, destinado a transmitir sinal de internet de quarta geração (4G/LTE), foi aprovado sem nenhum entrave pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com a aprovação, as empresas de telefonia móvel esperam expandir mais rapidamente a cobertura de internet 4G durante o ano que vem. Durante o leilão das faixas de frequência, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) impôs metas de inclusão digital a serem cumpridas pelas companhias. Até o final de 2016, por exemplo, as teles devem levar internet banda larga móvel deste tipo para todas as cidades brasileiras que possuam mais de 100 mil habitantes.

Para conseguir a aprovação da união de infraestrutura pelo Cade, as três operadoras valeram-se exatamente deste argumento: de que para cumprir as metas impostas, precisariam unir forças afim de controlar gastos desnecessários. Vale lembrar que em junho de 2012, quando aconteceu o leilão das faixas da frequência de 2,5 GHz, o grupo Telefônica/Vivo chegou a gastar mais de R$ 1 bilhão para adquirir um dos lotes.

As empresas afirmam ainda que vem enfrentando uma série de dificuldades regulamentares das prefeituras na hora de emitir uma autorização para a instalação de novas torres de comunicação. Algumas prefeituras alegam que as antenas de telefonia deixam o visual da cidade poluído, e outras alegam o possível risco de radiação como empecilho para impedirem as operadoras de construírem novas ERBs (Estação Rádio Base). Em contraste, a frequência de 2,5 GHz demanda ainda mais torres, pois o sinal emitido nessa faixa possui um alcance mais limitado.

Em sua publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira (14), o Cade justifica a aprovação dizendo que o acordo de compartilhamento não trará impacto nas ofertas concorrências da empresa. “As requerentes afirmam que haverá completa independência na gestão dos serviços e dos usuários, sem impacto nas estratégias comerciais de cada uma das partes e a troca de informações entre as partes será restrita exclusivamente a questões técnicas”, diz o documento.

Das quatro maiores empresas de celular do país, apenas a Claro ficou de fora da parceria. Ou seja, terá que investir bastante para conseguir levar sozinha a sua rede de internet 4GMax para mais gente e sem perda de qualidade.

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