20/04/2024

TIM perto de fechar acordo para vender suas torres no Brasil

O valor arrecadado pode ajudar a operadora a ganhar mais força para conseguir competir com suas grandes concorrentes.
A Telecom Italia (controladora da TIM) está em conversas avançadas para vender torres da operadora de telefonia celular e poderá fechar um acordo em algumas semanas, disseram três fontes com conhecimento direto do tema à agência de notícias Reuters.

A Telecom Italia pretende levantar 900 milhões de euros (1,1 bilhão de dólares) com a venda das torres da TIM, mas é improvável que obtenha o valor completo, enquanto ofertas estão saindo em torno de 500 milhões e 600 milhões de euros, disse a fonte.

A venda das torres poderá dar à Telecom Italia recursos que poderão ajudar a impulsionar investimentos para competir com a Telefónica (dona da Vivo), América Móvil (dona da Claro), e com a Oi (dona da Portugal Telecom).

O presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, colocou as torres à venda em novembro quando revelou um plano de 4 bilhões de euros para cortar a dívida e ajudar a financiar investimentos.

Uma das fontes disse que a American Tower e a Cell Site Solutions (CSS), uma companhia apoiada pelo Goldman Sachs, estão na disputa, adicionando que os ativos poderão ser divididos entre elas.

Telecom Italia, American Tower e CSS não comentaram.

Uma das questões nas conversas é que os compradores estão preocupados com eventuais fusões no mercado brasileiro, o que poderia reduzir o número de operadoras de três para quatro, baixando o valor dos ativos, de acordo com uma das fontes.

O acordo também terá de ser aprovado pelos reguladores brasileiros, o que poderá levar de quatro a cinco meses.

Analistas e executivos especulam sobre uma possível fusão entre TIM e Oi. Tal operação, dizem, faz sentido do ponto de vista industrial, mas primeiro é necessário apoio político – o que é incerto antes das eleições presidenciais de 26 de outubro.


Reduzindo expectativas no negócio, Patuano disse na semana passada que a TIM poderia evitar potenciais fusões e aquisições por cinco anos sem perder fatia de mercado.
Com informações de Reuters.
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