24/03/2024

Nada de Facebook ou Twitter de graça na Vivo neste ano

Foco da Vivo durante o ano de 2014 será no 4G para clientes pós-pagos.

Se você espera ansiosamente com que a Vivo feche alguma parceria com o Facebook ou Twitter para você acessar as redes sociais de graça por meio de sua internet, pode desistir de esperar. A Vivo informou que intensificará seus esforços neste ano para aumentar sua cobertura de 3G e 4G e descarta estratégias adotadas por concorrentes de acertar parcerias com provedores de conteúdo para atrair clientes, disse o diretor-geral da Telefônica|Vivo, Paulo Cesar Teixeira.

Diferentemente da Claro, sua principal rival em banda larga móvel, a Vivo não tem a intenção de fechar acordos com redes sociais, como Facebook e Twitter, como forma de ampliar a demanda por seus planos 3G e 4G, disse o executivo. “Não damos gratuidade, não achamos que isso agregue valor. Preferimos dar mais cobertura”, disse.

Crítico desse tipo de acordo, Teixeira afirma que as parcerias tendem a beneficiar mais o site alvo da parceria, que ganha adesão de clientes e vende mais publicidade. “Não tem por que eu beneficiar um conteúdo e discriminar outros.”

De acordo com Teixeira, a migração da base de clientes do pré-pago para o pós-pago e o aumento do uso da internet móvel têm sido os carro-chefes na estratégia da Vivo de ampliar receitas.

No ano passado, a Vivo teve receita líquida de R$ 34,7 bilhões, a Claro (incluindo NET e Embratel) chegou a R$ 33,2 bilhões; Oi, R$ 28,4 bilhões; e TIM, R$ 19,9 bilhões.

A Claro liderou o mercado em banda larga móvel (que inclui 3G, 4G e modem) em 2013, com 37,8% das linhas, enquanto a Vivo ficou em segundo lugar, com 25,8%. Considerando apenas o 4G, no entanto, a Vivo está na liderança, com 538 mil do total de 1,3 milhão de clientes. (Confira aqui os dados).

A intenção da Vivo este ano é continuar a migração da base pré-paga para pós-paga, segundo Teixeira. No ano passado, a base pós-paga da operadora subiu 26% (para 23,7 milhões de linhas) na comparação com o quarto trimestre do ano anterior, atingindo uma participação de mercado de 39,8% nesse segmento.

“Há clientes com perfil de pós-pago que ainda estão no pré, então, incentivamos a migração”, disse Teixeira, afirmando também que a estratégia passa pela ampliação da penetração de planos de dados compartilhados entre membros de uma mesma família, por exemplo.
No 4G, a estratégia da Vivo também se difere da Claro, que passou a oferecer sem custo adicional internet de quarta geração para clientes que tenham planos pré-pagos com 3G. “Nesse momento, não vamos oferecer o 4G para o pré-pago, porque nosso mercado-alvo é o pós-pago”, disse diretor-geral da Vivo.
“O cliente 4G consome mais dados que o cliente 3G, porque é mais rápido, a volumetria de dados tem que ser adequada ao perfil de uso”, declarou. “Para poder ter uma experiência melhor, tem que ter uma franquia [volume de dados incluso no pacote mensal] maior.”
Teixeira admite que ainda existe uma “barreira de entrada” para uma maior disseminação do 4G no Brasil, que é o alto preço dos smartphones adaptados à tecnologia. “Claramente existe a barreira do preço, mas entre os clientes de alto consumo de dados, chamados clientes premium, a tendência é que passem a utilizar cada vez mais o 4G”, disse.
Apesar do preço dos aparelhos, a Vivo vê crescimento acelerado da base de clientes de banda larga de quarta geração, que desde abril de 2013 subiu 140%. “Já temos capitais em que o 4G cresce a dois dígitos, como Rio de Janeiro e Porto Alegre.”
A operadora investirá este ano de 18 a 19% da sua receita líquida em aumento de capacidade de cobertura de 3G e 4G, dois pontos percentuais a mais que o investido no ano passado. Teixeira lembra que em 2014 a empresa terá de cumprir metas de cobertura rural estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e aumentar capacidade de tráfego.
O executivo é otimista em relação ao desempenho do setor no Brasil, mesmo em um cenário de desaceleração econômica. “Somos uma indústria que está tendo comportamento melhor que a média do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), porque há uma demanda, embora haja muita competição, é um segmento que está tendo uma adesão, principalmente com a venda de smartphones.”

Com informações de Terra.
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