16/04/2024

Russos e brasileiros são os mais dispostos a pagar mais pelo 4G

Por ser um serviço que recebe críticas constantes de qualidade, a internet pela rede móvel tem clientes que valorizam muito a velocidade da conexão. Os brasileiros dão tanta importância para esse elemento que são, junto com os russos, os mais dispostos a pagar mais por uma conexão 4G no mundo. De acordo com a pesquisa Mobile Web Watch 2013 divulgada pela Accenture, 83% dos clientes dos dois países afirmaram que aceitariam uma conta mais cara. Isso está acima da média dos países emergentes (76%), que, por sua vez, é bem superior ao de mercados maduros (57%) e a média global (63%). A pesquisa foi feita com 30.900 usuários de internet em 26 países, incluindo o Brasil, entre novembro de 2012 e janeiro deste ano.

A velocidade da conexão móvel foi citada pela imensa maioria dos consumidores: 97% dos entrevistados afirmaram que é um fator importante e 78% consideram que há algum espaço para melhorias. Mas a qualidade do serviço também é um fator considerável para os clientes. A pesquisa da Accenture afirma que 96% dos entrevistados disseram que a qualidade de rede é importante, seguida por área de cobertura (95%), velocidade de conexão (também 95%), custo de dados (94%) e serviço ao cliente (89%).

A pesquisa mostra ainda que concorrentes “não-tradicionais”, como fabricantes de dispositivos e instituições financeiras, vão brigar pela preferência do consumidor. A amostra da Accenture aponta que 31% dos entrevistados (e 42% nos mercados emergentes) afirmaram que prefeririam que os fabricantes de dispositivos atendessem a todas as necessidades de comunicação, incluindo serviços de voz e dados.

Claro que, melhorando a infraestrutura e qualidade do serviço, a forma de usar a rede móvel é importante. Dos entrevistados que tinham smartphones, 32% afirmaram que usam regularmente os dispositivos para fazer chamadas via Internet, sendo que no mercado emergente isso sobre para 39%; especialmente para quem possui um iPhone (44%) ou que já contam com redes LTE (41%). Além disso, se a velocidade de conexão de rede e a qualidade melhorassem, 47% dos consumidores disseram que utilizariam o aparelho para fazer chamadas pela Internet. A proporção sobe para 60% considerando mercados emergentes.

Um dado curioso é a propensão à divulgação de informação de localização: 72% dos entrevistados revelariam onde estão, sendo que quase 50% o fariam em busca de informações em lojas próximas e 35% para receber descontos ou cupons de varejistas.

Novos serviços também chamam a atenção dos consumidores. Mais da metade (56%) disse que gostaria de mudar de operadora para uma que oferecesse pagamentos móveis caso a atual não o fizesse, embora 89% preferissem que os bancos fossem os principais prestadores do m-payment, seguidos por provedores de cartões (81%) e, enfim, as teles (77%). Em mercados emergentes, 79% (nove pontos percentuais acima dos mercados maduros) escolheriam as operadoras nesse último caso. A oferta de cloud por parte de teles seria bem-vinda para 46% dos consumidores na média global (54% dos emergentes).
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